O Sagrado Feminino

Por Vanessa Pummer

Somos a energia motriz do mundo

“Se as mulheres soubessem o seu poder, jamais estariam sofrendo, inclusive por amor.”

No sistema patriarcado, a mulher conseguiu o seu espaço e a sua representação dentro do universo tão masculino, mas com isso a mulher deixou para trás a essência feminina, seu poder curativo, acolhedor e intuitivo para abrir espaço para o mundo competitivo que muitas vezes deixa a mulher mais macho do que muito homem para estar na eqüidade.

Dê uma casa a uma mulher e ela tem o dom de transformar em um lar. Não estamos falando em decoração, mas sim na energia que ela coloca até mesmo nos pequenos detalhes. A mulher além de dar vida a um novo ser, ela transmuta energias e é capaz de mudar a vida de um homem. Por isso, que o sistema sempre dá um jeito de colocar a mulher no papel de objeto e manipula para que ela esqueça do seu verdadeiro poder e muitas vezes a torna submissa ou dependente emocionalmente/financeiramente de um homem. O sistema reforça isso inclusive em propagandas e muitas mulheres infelizmente usa seu poder de forma errada, focando para o apelo de sex appeal.

A mulher da nova era

Somos guerreiras, aceitamos bem os desafios, fazendo quinhentas coisas ao mesmo tempo, somos sensíveis e ao mesmo tempo podemos ser flexíveis. Queremos ser mulheres incríveis, ser ótima dona de casa, mãe exemplar, uma profissional de sucesso, uma esposa dedicada e com isso abafamos nossa verdadeira essência. O sistema patriarcado sempre dita as regras e muitas vezes caímos na cilada, influenciando até nas nossas decisões íntima sobre se devemos ou não mestruar.

Deixamos de fazer inclusive o que foi passado em geração, aquele segredinho da avó sobre o chá para cólica, vaporização (ginecologia natural) ou até mesmo o ponto cruz/crochê como hobby. Não acompanhamos mais a gravidez/mestruação pelo ciclo lunar e estamos perdendo a conexão com cura através da natureza. Antigamente na época das nossas avós, não usava medicamento e sim tudo a base de ervas. Não confiamos mais na nossa intuição, suprimimos o dom da maternidade a meio de tantas tarefas do dia-dia, entre reuniões e mamadeiras...Queremos competir com eles e usamos essa energia Yang para fazer acontecer, pois temos esse poder, mas desiquilibramos por não usar nossa energia Ying.

A mulher da nova era, se sente perdida, muitas vezes sobrecarregada, desiludida e sem esperança, porquê ela verdadeiramente quer mostrar-se forte para o mundo, mas se encontra fragilizada por exatamente perder essa conexão com sua verdadeira essência.

Porque o Sagrado Feminino é importante?

“No ventre da mulher é um portal que trás a vida de um novo ser, uma alma vindo de outra dimensão..”

A sociedade patriarcal, sempre suprimiu e reprimiu a mulher, exatamente por não deixar a mulher exercer o seu poder, pois como ela tem o poder de gerar uma vida, energeticamente falando, sua energia criativa, acolhedora e sensitiva é capaz de mudar o mundo e imagina se o mundo fosse comandado pelas mulheres: não haveria guerra, fome ou qualquer sentimento de competição, porque a mulher exercendo sua verdadeira essência (natureza genuína), estaria transformando o mundo em um grande lar matriarcal e isso não seria interessante no ponto de vista política e econômica, pois o sistema vive de guerra, fome, doenças e etc.

Resgatar nossa essência feminina, seria ir de encontro a nossa conexão com a parte espiritual, entender como a lua interfere no nosso emocional, resgatar o poder curandeira que temos, valorizar seus ciclos naturais (mestruação, gravidez, amamentar, etc), entender os arquétipos da mulher, acolher, ensinar e dar apoio a outras mulheres e não ver como uma concorrente, colocar mais amor em atitudes e palavras, enfim, realmente se destacar pela sua feminilidade no mundo tão masculino.

Muitos tem divulgado o Sagrado Feminino como uma filosofia de vida, não concordo, porque isso é inerente a mulher, basta a mulher da nova era querer ou não resgatar esses conhecimentos de nossa ancestralidade.

Espero que tenham gostado, até a próxima!!!